Juliana era um beta triste. Muito triste.
Juliana foi inscrito no Instituto por seu melhor amigo, que estava visivelmente preocupado. Chegou ao Instituto com um ar melancólico, parecia carregar com si uma enorme tristeza, uma profunda frustração. Como nos foi esclarecido por seu amigo, Juliana era casado, era extremamente apaixonado por sua mulher, mas sofria diariamente por ter uma esposa indiferente e infiel. Quando descobriu a real finalidade do Instituto, Juliana protestou, resistiu, chegou até mesmo a tentar escapar, dizendo que não poderia ficar tanto tempo longe de sua mulher, até inevitavelmente ser conduzido por dois monitores para seu novo quarto.
Juliana não causou nenhum problema ao ser apresentado à sua nova rotina. Aceitou passivamente suas novas roupinhas, apesar de claramente se sentir desconfortável dentro delas, e não demorou a se adaptar ao ritual diário de depilação. Porém, fazia tudo com um sempre presente ar de tristeza e resignação. Sua esposa era tudo pra ele. Ficar longe dela parecia ser um peso enorme.
Logo o Instituto pôde avaliar a real gravidade do problema. Um beta tímido e extremamente inseguro, o grande pavor de Juliana não era a perspectiva de alguns meses longe de sua vida normal, longe da esposa. Seu grande pavor era o de voltar e descobrir que sua esposa o havia abandonado, era o pavor de ser irrelevante, de descobrir que não fazia absolutamente nenhuma falta a quem era tão importante para ele.
O adestramento de Juliana teve um foco diferente do usual. O volume de suas tarefas diárias foi reduzido, enquanto os exercícios físicos foram extensamente aumentados, focados primariamente em exercícios GAP, ministrados pelo monitor mais severo do Instituto. Um beta fisicamente fraco e não atraente, desacostumado a fazer exercícios, as primeiras semanas de Juliana foram literalmente um inferno de exaustão e sofrimento. Tentava frequentemente parar, resistir, mas seu monitor foi especialmente instruído a não deixar a ele nenhuma escolha, e permitir o mínimo de repouso necessário, sem importar o quanto Juliana protestasse.
Quando o curso chegou à fase oral teórica, Juliana, que sempre se considerou hétero, se sentiu muito desconfortável, uma típica reação de beta de primeiro mês. Mas a inerente tristeza que o acompanhava a todo momento, unida à grande exaustão física que dominava o seu dia a dia, fizeram com que Juliana seguisse o programa resignado, sem um único esboço de reação.
Foi no fim da terceira semana em que a mágica começou a acontecer. Juliana começou a perceber algo diferente, apesar de ter demorado para entender o que era. Após uma vida ignorado, acostumado a ser um homem pouco atraente e fisicamente insignificante, Juliana começou a notar algo estranho no modo como os monitores do Instituto o olhavam. No modo como os olhares o seguiam, quando caminhava pelos corredores do Instituto.
Juliana inicialmente se sentiu mal, se sentiu intimidado, sentiu como se estivesse fisicamente em risco. Os olhares, alguns discretos, alguns mais agressivos, eram... desconfortáveis, até mesmo invasivos. Cruzar com qualquer monitor nos corredores o fazia imediatamente baixar a cabeça de vergonha e medo.
No mesmo período seu guarda-roupa foi substituído. Suas roupinhas discretas de primeiro mês foram trocadas por roupas mais reveladoras, típicas de betas de terceiro mês. Juliana, que já passava por um grande período de desconforto, foi obrigado a se adaptar, prematuramente, a roupinhas muito mais provocantes do que estava preparado a aceitar. Seu monitor, ao mesmo tempo, passou a ser muito mais rigoroso no controle de sua depilação diária e na qualidade de sua maquiagem e tratamento de pele.
Logo Juliana passou a se destacar entre os betas de primeiro mês. Os olhares se intensificaram, ela frequentemente percebia monitores comentando entre si com os olhos grudados em seu corpo, os sussurros e as cantadas discretas começaram. E todo seu temor pareceu se intensificar. Pareceu se transformar. Tudo era tão apavorante e estimulante. Tão assustador e intrigante.
Aterrorizado, Juliana começou a se sentir, pela primeira vez em sua vida, atraente. Seu bumbum havia ficado mais volumoso, suas coxas mais grossas, definidas, sua pele mais macia. Aqueles olhares eram pra ele. Aqueles elogios eram pra ele. Juliana descobriu, finalmente, qual é a sensação de ser um objeto de desejo. Se sentiu pela primeira vez cobiçado, valorizado.
A vida inteira Juliana sonhou em ser cobiçado por mulheres. Em menos de quatro semanas de Instituto passou a ser cobiçado por todo alfa que encontrava, e a sensação era estranhamente confusa. Tudo era tão errado, mas se descobrir atraente mexeu com seus instintos, fez com que toda a sua doutrinação começasse a fazer efeito. O instinto lentamente começou a tomar conta.
Quando notava um olhar, a linguagem corporal de Juliana instintivamente mudava. Seu corpo ficava ereto, seu bumbum empinava, sem que ele nem ao menos se desse conta. Logo ele notou as reações dos monitores quando inclinava para pegar algo, ou quando cruzava as pernas ao sentar, e se surpreendeu ao notar o quanto isso o fazia se sentir bem, se sentir desejado, se sentir alguém.
Juliana ainda tinha esperanças de que tudo não fosse sério, que fosse apenas a emoção do momento. Mas lentamente seu instinto feminino começava a dominar sua mente, e ele se tornava mais e mais provocante. Sua produção era cada vez mais impecável, seu rebolado ao caminhar se tornou uma obra de arte.
Quando chegou o momento de seu exame anal, Juliana seguiu seu monitor ao mesmo tempo com apreensão nos olhos e um tímido sorriso malicioso nos lábios. Por tantos anos havia se rebaixado, implorando pela atenção de sua esposa, e agora tudo parecia tão fácil, tão simples. Percebia pelo olhar de seu monitor o quanto ele o desejava, o quanto cobiçava dominar seu corpinho.
O monitor de Juliana nos contou, dias depois, que sua iniciação foi muito atípica. Betas costumam estar apreensivos, ou em alguns casos até mesmo resistentes durante o exame anal. Juliana, porém, se insinuou durante todo o caminho, provocou seu monitor com seu rebolado, olhares e sorrisos, fez com que seu monitor tivesse que se esforçar para não perder o controle da situação. Chegou até mesmo a se inclinar, oferecendo seu bumbum lisinho, redondinho e perfeito, para que seu monitor a desnudasse. Ao sentir na pele o quanto seu monitor o desejava, perdeu de vez qualquer receio de ser iniciada e foi desvirginada com um lindo sorriso no rosto.
A resistência de Juliana já havia sido quebrada antes mesmo de sentir seu corpinho sendo possuído pela primeira vez.
Juliana se tornou uma máquina de sedução e sexo. Se insinuava e provocava o seu monitor o dia inteiro, se divertia ao ver a dificuldade que ele tinha em esperar o horário da enrabada diária para poder dominá-la. Tornou-se, por óbvias razões, na beta favorita de diversos professores e se orgulhava de conseguir aguentar por horas até mesmo o mais vigoroso dos alfas. Foi graduada com louvor, tornando-se a menyna submissa, sedutora, provocativa e feminina ideal.
Ao retornar à sociedade, Juliana não se conteve de saudades. Foi imediatamente se encontrar com seu melhor amigo, profundamente agradecida, ansiosa para retribuir o bem que ele a havia feito. Uma das políticas do Instituto é manter uma saudável distância entre funcionários e menynas graduadas. Mas quando o monitor de Juliana foi convidado para ser o padrinho de seu casamento com seu melhor amigo, a diretoria não pôde recusar.
Juliana é hoje uma menyna feliz e realizada por ter se tornado a esposa dedicada que sua ex nunca havia sido.
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